segunda-feira, 27 de maio de 2013

Dominação psicológica

Um dos meus "escravos" sempre me confundiu com o grande amor da vida dele. Diz que as semelhanças físicas são impressionantes.

Um cara casado, que eu chamo de "escravo" (entre aspas) porque ele nunca se entregou verdadeiramente a mim. Morre de medo da esposa, embora seja evidente que ele não a ama. Mesmo assim, não podia atender meus chamados sempre que eu quero, exatamente por precisar manter as aparências da vida conjugal.

Pessoa infeliz... Sabe-se lá porquê, não consegue assumir o relacionamento com o tal grande amor que se parece comigo (que, diga-se, não é a esposa), não ama a esposa e mesmo assim permanece com ela, e não se entrega à sua verdadeira dona, que sou eu.

Belíssimo triângulo: a esposa, a amante e eu. Ele no meio. Preso.

Enfim, outro dia ele veio me ver, com o intuito de separar, na mente dele, a figura do amor da figura da dominadora. Disse que as 3 vidas (submisso, marido infeliz e amante impossível) estavam se misturando demais, e que uma boa sessão comigo faria com que duas delas definitivamente se diferenciassem.

Ao que me parece, a menina a quem ele ama assemelha-se comigo apenas fisicamente, porque é uma daquelas garotinhas puras, que vivem os romances dos filmes de cinema. Mesmo assim, ele a estava confundindo comigo.

Enfim, fizemos o combinado. Uma delicinha de sessão. Escravo bem disciplinado, precisou de pouquíssimos castigos físicos.

Corset vermelho, calcinha que não era mais do que três ou quatro tiras de cetim unidas, e mais nada. Olhos vendados. Não tinha o direito de me ver ainda. Foi bem interessante restringir-lhe os sentidos. Por uma bom tempo, ele contentou-se apenas com o cheiro da fêmea que o atormentava. Tease and denial é o que ele mais gosta. E foi o que preencheu quase todo o nosso tempo.

Unhas arranhando o peito dele, a barriga, as coxas. As bolas nas minhas mãos. Apertadas, Contraídas. Minhas. Estava tão excitado que eu podia ver o sangue sendo bombeado no pinto dele. Sentei-me em cima, esfregando-me lentamente, e gemendo ao seu ouvido, enquanto ele, proibido de sequer se mexer, controlava-se ao máximo para conter os instintos animais de comer a bucetinha que estava tão acessível.

No chão, passou bons momentos lambendo com devoção meus pezinhos. Depois, imóvel, assistiu, sem poder me tocar, uma bela de uma sessão de masturbação. Vez por outra, eu levava meus dedos melados à boca dele, por pouco tempo, apenas para que sentisse o gosto de sua dona.

"Sinta o gostinho do que você não pode ter."

Tempos depois, obriguei-o a tirar a venda dos olhos, num momento em que seu rosto estava muito próximo do meu sexo molhado. Iria me ver gozar. Os olhos fixos, o corpo trêmulo, em posição de cachorro, assistiu meu gozo enquanto eu, extasiada, observava as gotas de porra que escorriam do seu pau.

"Levante-se."

Não sei ao certo de onde ele tirava forças, mas fazia absolutamente tudo que eu mandava, embora eu pudesse ver que ele não tinha mais controle nenhum sobre o seu próprio corpo. Perguntei se ele queria gozar, ao que me respondeu, corretamente, que ele não tinha que querer nada. Faria o que eu mandasse.

Então mandei que punhetasse até gozar. Ele o fez. Deitou-se, pálido, o olhar parado e fixo no teto. Mas não teve tempo de descansar. Mandei que fosse tomar banho para se retirar. Não tinha tempo nem saco para "conversa de travesseiro."

Não houve dor, não houve spanking, nem bondage. Um ou outro tapa. Mas houve uma dominação psicológica profunda. Que marcou nele muito mais do que qualquer outro castigo marcaria.

Olhos nos olhos. Dominadora em cima, submisso ao chão. E ele conseguiu separar as coisas na mente.

Acho que ele entendeu, naquele dia, que eu não sou a namoradinha amante dele. E que comigo não há prazer ao gozar. O prazer é todo meu. Ele não tem direito de se divertir. Apenas a obrigação de me divertir. Sentiu-se amedrontado e absurdamente atraído. Certamente queria mais. Esperaria a vida toda por mais.

Foi embora assustado, e passou dias atento ao celular esperando por um chamado meu. Sabia o meu poder, e que eu não gostava de esperar. Sabia que se eu chamasse, ele viria, deixando de lado até a esposa infeliz, a quem sempre poupou. Sabia que as palavras de entrega que ele tinha proferido eram verdadeiras. "Liana, minha dona". "Meu corpo e minha alma são seus". "Sou seu"."Liana".

Mas eu nunca chamei.

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